Destinos
As três deusas que determinavam a vida humana e seu
encadeamento. Conhecidas como Moiras, os Desatinos repartiam para cada pessoa,
no momento de seu nascimento, uma parcela do bem e do mau, embora uma pessoa
pudesse acrescer o mau em sua vida por si própria. Retratadas na arte e na
poesia como mulheres velhas e severas, ou como virgens sombrias, as deusas eram
freqüentemente vistas como fiadeiras. Cloto, a fiadeira, tecia o fio da vida;
Láquesis, a distribuidora de quinhões, decidia a quantidade e designava o
destino de cada pessoa; e Átropos, a inexorável, carregava o poder de cortar o
fio da vida no tempo designado. As decisões dos Destinos não podiam ser
alteradas, nem mesmo pelos deuses.
Dione
De acordo com a Ilíada de Homero, Dione seria a mãe de
Afrodite. Entretanto, há uma outra lenda para o nascimento da deusa do amor.
Dionísio
Deus do vinho e da vegetação, que mostrou aos mortais como
cultivar as videiras e fazer vinho. Filho de Zeus, Dionísio normalmente é
caracterizado de duas maneiras. Como o deus da vegetação - especificamente das
árvores frutíferas - ele freqüentemente é representado em vasos bebendo em
um chifre e com ramos de videira. Ele eventualmente tornou-se o popular deus do
vinho e da alegria, e milagres do vinho eram reputadamente representados em
certo festivais de teatro em sua homenagem.
Dionísio também é caracterizado como uma divindade cujos mistérios inspiraram a adoração ao êxtase e o culto às orgias. As bacantes era um grupo de devotos femininos que deixavam seus lares para vagar de maneira errante em busca de êxtase em devoção à Dionísio. Usavam peles de veado e a eles eram atribuídos poderes ocultos. Dionísio era bom e amável àqueles que o honravam, mas trazia loucura e destruição para aqueles que desprezavam as orgias a ele dedicadas.
De acordo com a tradição, Dionísio morria a cada inverno e renascia na primavera. Para seus seguidores, este renascimento cíclico, acompanhado pela renovação da terra com o reflorescer das plantas e a nova frutificação das árvores, personificavam a promessa da ressurreição de Dionísio. Os rituais anuais em homenagem à ressurreição de Dionísio gradualmente foram se desenvolvendo no drama grego, e importantes festivais eram celebrados em honra do deus, durante os quais grandes competições dramáticas eram conduzidas. O festival mais importante, as Dionisíacas, era celebrado em Atenas por cinco dias a cada primavera.
Foi para estas celebrações que os dramaturgos Ésquilo, Sófocles, e Eurípides escreveram suas grandes tragédias. Por volta do século V a.C., Dionísio era também conhecido entre os gregos como Baco, um nome que se referia aos altos brados com os quais Dionísio era adorado nas orgias, ou mistérios dionísicos. Estas celebrações frenéticas, que provavelmente se originaram em festivais primaveris, ocasionalmente traziam libertinagem e intoxicações. Esta foi a forma de adoração pela qual Dionísio tornou-se popular no século II a.C., na Itália, onde os mistérios dionísicos eram chamados de Bacanália.
As indulgências das Bacanálias tornaram-se extrema, e as
celebrações foram proibidas pelo Senado Romano em 186 a.C.. Entretanto, no
século I d.C. os mistérios dionísicos eram ainda populares, como se evidencia
em representações encontradas em sarcófagos gregos.
Éolo
Nome de duas figuras mitológicas. Era melhor conhecido como o
deus dos ventos. Vivia em Eólia, uma ilha flutuante, com seus seis filhos e
seis filhas. Zeus tinha lhe dado o poder de acalmar e despertar os ventos.
Quando o herói grego Odisseu (Ulisses) visitou Éolo, ele foi recebido como um
convidado de honra. Como presente de Éolo, ao partir, Odisseu (Ulisses) recebeu
dele um vento favorável e uma sacola de couro repleta com todos os ventos. Os
marinheiros de Odisseu (Ulisses), pensando se tratar de uma sacola com ouro,
abriram-na e a costa foi imediatamente varrida pelos ventos.
Depois disso, Éolo se recusou a ajudá-los novamente. Outro
Éolo na mitologia grega foi o rei da Tessália. Era o filho de Heleno,
antepassado dos Helenos, os primeiros habitantes da Grécia. Éolo era o
antepassado dos gregos Eólios.
Eros
O deus do amor e relativo do Cupido romano. Na mitologia
antiga, era representado como uma das forças primitivas da natureza, o filho do
Caos, e a encarnação da harmonia e do poder criativo do universo. Logo,
entretanto, passou a ser visto como um rapaz intenso e bonito, assistido por
Pótos ( "ânsia") ou Hímero ( "desejo").
Mais tarde a mitologia transformou-o no auxiliar constante de sua mãe, Afrodite, a deusa do amor. Na arte grega, Eros era retratado como um jovem alado, ligeiro e bonito, freqüentemente com olhos cobertos para simbolizar a cegueira do amor. Às vezes ele carregava uma flor, mas mais comumente um arco de prata e flechas, com o qual ele atirava dardos de desejo contra o peito de deuses e homens.
Nas lendas e na arte romana, Eros degenerou numa criança
maligna e freqüentemente era retratado como um bebê arqueiro.
Eumênides
Antigos espíritos da terra ou deusas associados à
fertilidade, mas também tendo certas funções sociais e morais.
Tradicionalmente em número de três, as Eumênides eram adoradas em Atenas e em
terras fora da Ática. Embora seu nome por vezes queira dizer "as
benevolentes" "as graciosas," e "as veneráveis," as
deusas eram normalmente retratadas como as Górgonas, criaturas com cobras ao
invés de cabelos e olhos injetados de sangue. Sua aparência vai de encontro
com sua identificação, em outras lendas, com as Erínias, três deusas
vingativas do mundo inferior.
Na sua peça "As Eumênides", o dramaturgo ateniense Ésquilo contou a perseguição de Orestes pelas Erínias, depois que aquele matou sua mãe, Clitemnestra, para se vingar da morte de seu pai, Agamenon, o qual Clitemnestra havia assassinado. Sem se importarem com os motivos que o levaram a cometer o crime, as Erínias perseguiram Orestes por toda a parte, até Atenas.
Aí Orestes apelou à deusa Atena, que presidiu seu julgamento
e lançou o voto decisivo a favor de sua absolvição. Depois deste julgamento,
as Erínias aceitaram um novo papel como guardiãs da justiça e tornaram-se
conhecidas como as Eumênides.
Fúrias
Também conhecidas como Fúrias, eram as três divindades que
administravam a vingança divina, sendo elas: Tisífona (a vingança contra os
assassinos), Megera (o ciúme) e Alecto (a raiva contínua). Em muitas versões
sobre as Erínias, diz-se que elas são as filhas de Géia e Urano; às vezes
eles são chamada de "as filhas da Noite". Viviam no mundo
subterrâneo, do qual ascendiam para a terra e perseguir o mau. Eram justas, mas
sem piedade e jamais analisavam as circunstâncias que levaram a pessoa à
cometer o erro. Puniam todas as ofensas contra a sociedade humana tal como o
perjúrio, a infração dos rituais de hospitalidade e, acima de tudo, o
assassinato de parentes de sangue.
Estas deusas terríveis eram horríveis para serem contempladas; tinham cobras se retorcendo no lugar dos cabelos e olhos injetados de sangue. Atormentavam os malfeitores perseguindo-os de lugar à lugar através da terra, enlouquecendo-os.
Uma das lendas mais famosas sobre as Erínias consiste em sua perseguição sem descanso pelo príncipe tebano Orestes, pelo assassinato de sua mãe, a rainha Clitemnestra. Orestes havia sido guiado por Apolo para se vingar da morte de seu pai, o rei Agamenon, a quem Clitemnestra havia assassinado. Entretanto, as Erínias, indiferentes a seus motivos, perseguiam-no e o atormentavam.
Orestes finalmente apelou à deusa Atena, que convenceu as deusas vingadoras a aceitar o apelo de Orestes de que ele era livre de culpa. Quando eram capazes de mostrar misericórdia, elas também se transformavam. Das Fúrias de aparência assustadora, transformavam-se nas Eumênides, protetoras dos suplicantes.
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